Cada furo conta

Com o aumento da mineração de carvão na Indonésia, mineradoras e terceirizadas estão procurando qualquer vantagem em uma corrida hipercompetitiva para permanecerem produtivas e eficientes.

Águias voam acima do dossel verde das copas das árvores Macaranga, circulando e procurando pela presa do dia. Do seu ponto de vista, o rio Mahakam, sobretudo onde atravessa a cidade indonésia de Samarinda, se parece com um desenho antigo de uma serpente mítica: deslizando através da selva, curvando-se muitas vezes, eventualmente em quase 180 graus. Samarinda, a capital da província de Kalimantan Oriental, na ilha de Bornéu, fica ao lado do rio, cerca de 50 quilômetros a oeste da foz do Mahakam. Com aproximadamente 1.000 km de comprimento, é o rio mais longo em Kalimantan Oriental, se estendendo das montanhas interiores ao delta na costa, e funcionando como uma rota marítima para o transporte de carvão da ilha.

A mineração de carvão está crescendo em Kalimantan Oriental e no resto da Indonésia. Enquanto o país é o maior exportador mundial de carvão para estações de energia, a província é o lar de mais de um quarto das reservas de carvão da Indonésia. Cerca de 6,6 milhões de hectares – aproximadamente o tamanho da Suíça – foram alocados para a mineração aqui. Samarinda viveu a maior expansão da região, com o governo local destinando mais de 70% das terras municipais para a mineração. Dizer que a mineração de carvão em Kalimantan Oriental é competitiva é um eufemismo.

Tenggarong fica a cerca de 50 km a noroeste de Samarinda e abriga a mina de carvão Jembayan Muarabara. Adquirida pela Sakari Resources Ltd. em dezembro de 2007, a mina define, e alcança, metas de produção ambiciosas, passando de 4 a 10 milhões de toneladas por ano desde a sua aquisição.

Cobrindo cerca de 12 mil hectares, a mina de carvão a céu aberto e de múltiplas cavas Jembayan possui uma estrada privada de 26 km, sobre a qual um número aparentemente interminável de caminhões transportam o carvão lavado e tratado para um porto privado. De lá, barcaças enviam o carvão por Mahakam para carregamento no mar. Os principais mercados atendidos incluem China, Índia, Coreia do Sul, Japão, Taiwan e Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia.

Sobre a Jembayan

A mina de carvão Jembayan Muarabara abrange uma área de mais de 12 mil hectares em Kalimantan Oriental, cerca de 150 km a noroeste de Balikpapan e 80 km no interior.

A mina foi adquirida pela Sakari em dezembro de 2007 e os progressos alcançados desde então são notáveis. A produção cresceu de 4 milhões de toneladas para quase 10 milhões de toneladas. O recurso aumentou de cerca de 50 milhões de toneladas (não-JORC) para 604 milhões de toneladas (JORC), e as reservas chegaram a 142 milhões de toneladas (categoria JORC “negociáveis”).

A mina de múltiplas cavas tem o seu próprio porto de barcaças, alcançado por uma estrada de 26 km, de onde o produto é enviado por cerca de 70 milhas náuticas pelo rio Mahakam para carregamento no mar.

Os trabalhos de perfuração e detonação na mina são responsabilidade da PT Pamapersada Nusantara (PAMA), uma subsidiária integral da PT United Tractors Tbk. Nurhadi Mansur, diretor de perfuração e detonação da PAMA em Jembayan, tem plena consciência das pressões para permanecer eficiente e atender as sempre crescentes metas de produtividade.

Concorrência feroz

“Há tantas minas em Kalimantan, e tantos concorrentes, que temos de ser capazes de nos diferenciar de outros fornecedores”, afirma. “Fazemos isso alcançando e, quando possível, ultrapassando nossas metas e as demandas de nossos clientes.”

“Na Jembayan, o solo é único e pode ser muito diferente de uma área para outra, até na mesma cava. Argila, lamito e arenito estão lá em diferentes quantidades e abrasividade. Ser eficiente significa conhecer o terreno como a sua própria família.”

Mansur explica que, usando dados geológicos recolhidos na exploração, a PAMA pode diferenciar métodos de perfuração operacionais, incluindo qual geometria usar em uma área particular para maximizar a eficiência.

“Nosso maior desafio agora é atender novas metas para a vida útil da perfuratriz, que agora está em 15 mil metros, para 16 mil “, destaca Mansur. “Erosão cônica é um problema grave aqui, uma vez que posteriormente lidamos com perdas de pastilhas, então aumentar a vida útil da broca é a melhor maneira de aumentar a produtividade e manter a competitividade. Os equipamentos e a experiência da Sandvik Mining realmente ajudam nesse sentido.”

As duas perfuratrizes Sandvik D245S na Jembayan estão sempre em movimento, perfurando furos de 8,5 metros de profundidade que a equipe de detonação enche de explosivos várias vezes ao dia. E eles têm que se manter ocupados se a PAMA quiser cumprir as suas metas de produtividade todo mês. Mas, enquanto estas plataformas de perfuração gigantescas são modelos de eficiência, Simon Tambunan, supervisor de perfuração e detonação da PAMA, afirma que são as perfuratrizes Sandvik RR220 X05 que estão roubando o show no local.

Superando metas

“Quando as perfuratrizes param por qualquer motivo antes de atender as nossas metas de profundidade, perdemos tempo, o que afeta a produtividade”, explica Tambunan. “As Sandvik RR220 X05 não estão apenas alcançando nossas metas, elas estão superando-as.”

A Sandvik projetou a durável RR220 X05 especificamente para clientes desta região para satisfazer as suas necessidades de maior vida útil do bit e de taxas de penetração mais elevadas em formações de terreno macio e variável.

Uma atualização da gama, a Sandvik RR221, deve ser lançada ainda este ano.

“Os colaboradores da Sandvik também oferecem ideias sobre como aumentar a produtividade e a taxa de penetração, e fornecem sugestões sobre como manter a durabilidade do bit e qual usar em cada área específica”, diz Tambunan.

Ngadikun Ngadikun, representante do suporte de vendas de ferramentas da Sandvik Mining na Indonésia, é responsável por treinar operadores da PAMA na Sandvik D245S na Jembayan, e ele visita a mina frequentemente.

“Para a PAMA, é vital que os colaboradores da Sandvik conheçam o solo em Jembayan”, afirma Ngadikun. “Quando nós conhecemos, estabelecemos uma relação de confiança e torna-se ainda mais fácil fazer boas sugestões porque todos queremos a mesma coisa: produtividade máxima.”

Especificações técnicas Sandvik RR220 X05 com bits a ar padrão

Tamanho 200 mm (7 7/8 “)
Tipo X05 (CID 412)
Peso aproximado 35 kg (77 lb)

Especificações de design
Tipo de rolamento: a ar
Coluna interna / bitola 6/3
Pastilha interna / bitola 42/31

Parâmetros de operação
Peso no bit
Lb – Min. para máx. (1.000s) 10,0 – 20,0
Toneladas – Min. para máx. 4,5-9,0
Velocidade de rotação (RPM) – Min. para máx. 80-180

Treinamento inestimável

Desde que a PAMA começou a usar perfuratrizes Sandvik RR220 X05 em 2014, a vida útil média mensal dos bits aumentou em 33% (de 15 mil até mais de 20 mil metros), e a taxa de penetração tem melhorado, de 61 metros por hora para 69.

“Isso por si só reduziu nosso custo de perfuração em cerca de 22%, de US$ 0,037 por metro cúbico para US$ 0,029”, diz Tambunan. “A Sandvik é sempre bem-vinda para visitar e testar o equipamento no local, e o treinamento que eles fornecem é inestimável.”

As metas provavelmente vão aumentar novamente no próximo ano, mantendo-se em sintonia com o número de operações concorrentes de extração de carvão na área. Mas Mansur se mantém confiante graças à sua parceria com a Sandvik.

“Se as nossas metas aumentarem novamente no próximo ano, sabemos que a Sandvik estará lá para nos apoiar com conhecimento, serviços e produtos inovadores”, conclui.