<p>Em teoria, existem muitas formas de extrair os elementos essenciais de asteroides, incluindo lavra em tiras, poço vertical, aquecimento e aragem magnética para metais pesados.</p>
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Em teoria, existem muitas formas de extrair os elementos essenciais de asteroides, incluindo lavra em tiras, poço vertical, aquecimento e aragem magnética para metais pesados.

Invasores do espaço

10… 9… 8… a mineração no espaço pode estar a anos de distância, mas a contagem regressiva já começou, e diversas empresas trabalham para serem as primeiras a chegarem lá.

A mineração em asteroides pode soar como ficção científica. Na verdade, filmes como Alien e O outro lado da lua e uma infinidade de livros usam a mineração interestelar como pano de fundo para a criação de suas narrativas. Mas isso não é obra de ficção. Cada vez mais tem surgido empresas, como a Planetary Resources e a Deep Space Industries, focadas na mineração em grandes asteroides. O objetivo: encontrar formas economicamente viáveis de acessar os recursos preciosos que existem dentro deles, cujos rendimentos são estimados na casa dos trilhões de dólares.

Tipos de asteroides para mineração espacial

Tipo espectral C

  • Recursos: Água, metais
  • Objetivo: Combustível espacial, metais para impressão 3D

Tipo espectral S

  • Recursos: Platina
  • Objetivo: Comercialização para uso na Terra

Tipo espectral M

  • Recursos: Outros metais
  • Objetivo: Produção de peças de grande porte

Asteroides, os corpos rochosos metálicos que sobraram da formação do sistema solar e ainda permanecem na órbita do Sol, estão repletos de água, platina, níquel e cobalto. Embora os benefícios da mineração de minerais escassos, como a platina, sejam óbvios, a água de asteroides pode ser separada em hidrogênio e oxigênio e deixada em órbita, resolvendo um dos grandes problemas da exploração espacial: a disponibilidade de combustível.

O acesso a estes depósitos flutuantes é outra questão. As três opções mais lógicas para mineração envolvem trazer o material asteroidal bruto para uso na Terra; processar os asteroides no espaço e trazer de volta apenas os materiais desejados; ou transportar o asteroide inteiro para uma órbita segura ao redor da Lua, da Terra ou de uma Estação Espacial Internacional.

E pelo fato de que os asteroides não são iguais, há o problema de determinar quais valem a pena minerar. A Planetary Resources tenta resolver essa questão com telescópios espaciais, uma pequena nave (30 a 50 kg) que utiliza um sistema de laser óptico para examinar asteroides próximos da Terra. A empresa colocou uma pequena versão a bordo do foguete Antares em uma missão não tripulada em outubro de 2014, mas o foguete explodiu após a decolagem. Claramente, há ainda um longo caminho a percorrer antes de a mineração de asteroides se tornar possível, mas os primeiros passos estão sendo dados agora e, muito provavelmente, eles se tornarão um grande salto no futuro.

Texto: Jean-Paul Small  Ilustração: Mikkel Juul Jensen