Photo: Fred Kruijen

Uma vez que os minerais de silicato compõem 95% da crosta e do manto superior da Terra, você pode pensar que eles não valem nada. Então, reflita novamente, e com atenção.
A tridimita é um mineral de sílica (SiO2) valioso tanto para colecionadores como para uso científico.
Estes raros e distintos cristais minerais são geralmente microscópicos; o maior tem menos de um centímetro de comprimento e é muito fino. Na foto você vê um agregado de tridimita da Ettringer Bellerberg, das Montanhas Eifel da Alemanha, em uma imagem de apenas 2,5 mm de largura.

Apesar do tamanho, elas fornecem informações importantes sobre como os cristais se formam e passam por mudanças em diferentes ambientes. A tridimita também é sinteticamente produzida para fazer refratários de cerâmica para revestimento interior em equipamentos como fogões, fornos de soleira aberta e altos-fornos de siderúrgicas.
A tridimita é mais comum como um dos componentes da opala, não como um mineral individual. As cores da opala surgem da difração da luz a partir de camadas microscópicas de esferas de sílica orientadas.
Seus cristais incomuns e modo de ocorrência distinguem a tridimita de todos os outros minerais.

Alguns dos melhores exemplos são dos montes Euganei, na Itália. Outras localidades incluem Lyttelton Arbour, Nova Zelândia; Cornwall, Inglaterra; Northern Slanske Mountains, Eslováquia; e Pachua, México.
Nos EUA, há ocorrência de tridimita em Thomas Range, em Utah; Obsidian Cliff; no parque Yellowstone, Wyoming; e Mt. Lassen, no Lassen Volcanic National Park, Califórnia, entre outros lugares.
A tridimita é um polimorfo de alta temperatura do quartzo e geralmente ocorre na forma de cristais pseudo-hexagonais brancos ou incolores ou em escalas, em cavidades em rochas vulcânicas ácidas.
O mineral foi descrito pela primeira vez em 1868 e recebeu o nome a partir da palavra grega Tridymos, que designa trio, já que a tridimita geralmente ocorre como trinos geminados de cristal.

Anders Lindgren