Sustentabilidade no topo
E se todos os equipamentos de perfuração down-the-hole pudessem eliminar até um quinto de seu consumo de combustível? Do ponto de vista da sustentabilidade, o impacto seria enorme, assim como o efeito nos resultados das empresas. O novo martelo TUNDO RH650 permite fazer isso.
Engenheiros são criaturas curiosas. Eles gostam de mexer em seus produtos em uma busca sem fim por uma solução mais simples e elegante. Sempre visando maior produtividade com menor custo e redução de emissões, é claro. Às vezes, as melhorias são graduais e, outras, a nova abordagem oferece um salto revolucionário em eficiência.
Revolução é uma palavra forte, mas não é exagerada quando falamos sobre a mais recente inovação da Sandvik Mining and Rock Solutions em perfuração down-the-hole: o martelo DTH TUNDO RH650.
Tudo começou com um esboço feito a lápis em um papel e uma pergunta simples: e se usarmos um pistão sólido em um martelo DTH ao invés do design convencional, tornando possível diminuir substancialmente o seu comprimento?
Isso pode soar como uma sutileza da engenharia de produção, mas não é. O design do pistão dita o ciclo de ar de um martelo DTH, e está diretamente ligado ao consumo de ar comprimido, que por sua vez determina a carga no compressor do equipamento de perfuração.
E a carga no compressor anda de mãos dadas com o consumo de combustível. Ter um martelo que possa fornecer a mesma potência, mas com requisitos de fluxo de ar mais baixos, portanto, traduz-se em cargas mais baixas no compressor e, assim, em economia de combustível.
O novo martelo de pistão sólido faz exatamente isso. Ele pode funcionar com fluxos de ar menores e ainda manter alta pressão e fornecer elevadas taxas de perfuração. Se o compressor permitir uma pressão mais alta (30 bar), você pode obter ganhos de produtividade adicionais em comparação com os martelos convencionais.
“Os pistões sólidos nos permitiram projetar um martelo compacto e de alta produtividade”, destacaJohan Bergquist, gerente de Produto, DTH Hammers, na Sandvik Mining and Rock Solutions.
Em outras palavras, esse novo projeto resulta em um martelo menor e mais leve – cerca de 20% mais curto do que um DTH padrão comparável. A redução de peso é proporcional ao comprimento e também fica em torno de 20%.
Operadores e equipes de manutenção certamente ficarão satisfeitos com o tamanho reduzido, pois significa um manuseio mais simples e seguro.
Martelos menores e mais leves também são mais baratos para transportar. Na verdade, menos é mais em praticamente qualquer área ao longo do ciclo de vida de um martelo DTH, e não menos importante na pegada de CO2, que diminui na fabricação e em todos os estágios operacionais até o descarte.
Elegância em engenharia também significa simplicidade. Um exemplo disso no novo TUNDO RH650 é o fato de o pistão não ter válvula de pé, eliminando uma fonte de falhas e problemas de manutenção.
A redução do consumo de ar também o torna compatível com equipamentos de perfuração de 5 e 6 polegadas. Outra melhoria é um design mais simples no bit, onde a mudança para um pistão sólido realoca a maior parte do fluxo de ar em aletas, proporcionando lubrificação superior.
Com foco nos martelos DTH de 6 polegadas mais comuns, os projetos convencionais precisam de um fluxo de ar entre 23 e 25 m3 por minuto a uma pressão operacional de 24 bar, o que geralmente requer um equipamento de perfuração na classe de 6 polegadas. Os equipamentos padrão de 5 polegadas costumam não ser capazes de produzir esse tipo de fluxo de ar com pressão. Aqui, o martelo DTH TUNDO RH650 e sua eficiência de ar mudam o jogo notavelmente, graças à capa- cidade de reduzir o tamanho do equipamento para a classe mais acessível de 5 polegadas.
Além do CAPEX mais baixo de uma máquina menor, isso significa que a mesma produtividade pode ser mantida com menor consumo de ar – novamente reduzindo o custo de combustível e as emissões de CO2.
Algumas minas e pedreiras também podem apreciar a melhor mobilidade e realocações mais fáceis proporcionadas pelo menor tamanho. Se, no entanto, a escolha recair sobre um grande equipamento de 6 polegadas, como a nova Leopard DI650i DTH, talvez devido a razões operacionais, o TUNDO RH650 oferece produtividade significativamente maior em 30 bar.
As vantagens significativas do TUNDO RH650 foram comprovadas em testes de campo abrangentes, que incluíram martelos DTH Sandvik convencionais e produtos dos principais concorrentes. Os resultados mostram reduções substanciais no consumo de ar em comparação com todos os designs comparáveis, variando de cerca de 10% a mais de 30%.
Essas porcentagens se traduzem em números substanciais de litros de combustível e dólares OPEX. Considerando uma mina que opera cerca de 15 Leopard DI650i DTH, cada uma acumulando 5.500 horas por ano, a redução resultante no consumo de diesel seria de 3,3 milhões de litros. As emissões de CO2 veriam reduções semelhantes.
Martelo Tundo RH650 DTH – Benefícios
- Permite a redução do equipamento de perfuração: menor CAPEX
- Aumenta a produtividade da perfuração: mais metros perfurados
- Menor consumo de combustível: grande redução de custos, menores emissões de CO2
- Design mais leve e menor: manuseio mais fácil e seguro, menores emissões de CO2 no transporte.
“Você nunca pode estar totalmente satisfeito quando se especializa nesta indústria, porque no momento em que se apaixona demais por seu produto, o progresso para”, ressalta Bergquist. “E isso é algo que realmente não podemos fazer, considerando todos os desafios de produtividade e sustentabilidade que nossos clientes enfrentam. Mas o TUNDO é realmente um passo notável na perfuração DTH e algo para se orgulhar. Por enquanto, acho que podemos ficar muito felizes com isso. Até criarmos algo ainda melhor.”