Direto das profundezas

Jastrzębie-Zdrój, Polônia. Não há dragões aqui. Nem anões ou ogros. Mas das profundezas escuras da mina de carvão Borynia-Zofiówka-Jastrzębie na Polônia, 21.700 toneladas de carvão coqueificável são eficientemente extraídas todos os dias.

A Jastrzębie-Zdrój fica no coração da mineração de carvão coqueificável da Polônia, cerca de 60 quilômetros a sudoeste de Katowice. Enormes depósitos foram encontrados nas pitorescas colinas verdes da região na década de 1960 e, ao longo de 12 anos, cinco minas foram instaladas. O carvão coqueificável é usado predominantemente para fazer coque, componente essencial para a produção de aço a partir de minério de ferro.

Sobre a JSW SA

Fundada em abril de 1993, a JSW SA é composta por cinco minas que extraem carvão coqueificável e carvão térmico: Borynia-Zofiówka-Jastrzębie, Budryk, Krupiński, Pniówek e Knurów-Szczygłowice. A empresa processa cerca de 50% do carvão coqueificável que produz, permitindo oferecer um produto final de maior valor. Em 2013, as minas da JSW SA produziram 9,8 milhões de toneladas de carvão coqueificável (incluindo 7,8 milhões de toneladas de carvão metalúrgico) e 3,8 milhões de toneladas de carvão térmico. No mesmo ano, coquerias da JSW SA produziram 3,9 milhões de toneladas de coque.

Como o próprio nome sugere, Borynia-Zofiówka-Jastrzębie são, na verdade, três minas de carvão coqueificável (Borynia, Zofiówka e Jas-Mos) que foram transformadas em uma em 2013. A mina é operada pela estatal JSW SA e foi estrategicamente integrada para utilizar melhor os depósitos e os recursos de produção, incorporar as melhores soluções de design e práticas organizacionais no dia a dia e otimizar a mão de obra. Atualmente, a Borynia-Zofiówka-Jastrzębie emprega 10.560 pessoas e tem média de extração líquida diária de cerca de 21.700 toneladas de carvão coqueificável.

A extensa área da Borynia-Zofiówka-Jastrzębie cobre 66 km2 e abriga planta de beneficiamento, escritórios e infraestrutura de armazenamento e transporte, como elevadores de mineração, trilhos, trens e caminhões. A mina em si é uma vasta rede interligada de túneis e cavernas, algumas com 1.200 metros de profundidade.

Mergulho profundo
Leva cerca de 25 minutos para chegar ao fundo da mina. Primeiro, os mineiros se equipam com uma variedade de equipamentos de segurança, como luzes, capacetes, máscaras, óculos de proteção, botas e aparelhos de respiração, que são vitais no caso de um vazamento de metano ou incêndio subterrâneo. Em seguida, eles descem por dois minutos em um elevador de alta velocidade até 600 metros de profundidade. Depois, um pequeno trem de quatro vagões, que corre ao longo do labirinto de túneis e corredores transporta-os ainda mais para baixo por cerca de dez minutos até que eles atinjam vias que são acessíveis apenas a pé.

É neste ponto que o calor, que aumentou durante toda a descida, atinge temperaturas em torno de 30 oC. Também é muito escuro. Em alguns pontos, a única luz disponível para os mineiros emana das lâmpadas em seus capacetes, o que dá uma sensação de outro mundo, como se estivessem explorando um planeta desconhecido ou o fundo do mar. Este sentimento é agravado pelo silêncio absoluto (todo o som é isolado e atenuado pela face da rocha) e pelas nuvens de poeira que cada passo produz. O pó bege é o produto da poeira de rocha trazida para reter o pó de carvão inflamável. Ainda assim, os mineiros estão de bom humor. Apesar de trabalharem em espaços escuros e confinados e do suor, os rostos morenos sorriem facilmente, e eles se cumprimentam com a ponta do capacete ou um aperto de mão e um caloroso “Szczęść Boże” (“Deus te abençoe”).

Depois de 15 minutos descendo, o som das perfuratrizes e correias transportadoras que levam o carvão coqueificável para a superfície aumenta, e o ruído indica a localização das atividades do dia, que envolvem trabalho de desenvolvimento da mina.

“Lidero um grupo de 350 pessoas”, diz Zbigniew Czarnecki, gerente de Desenvolvimento de Mina na Borynia-Zofiówka-Jastrzębie. “Eu planejo e gerencio o trabalho preparatório na mina, que envolve retirar o arenito para expor o carvão. Escavamos muito carvão coqueificável, que depois é limpo e tratado na planta de beneficiamento.”

Dados técnicos minerador contínuo Sandvik MR340

Dimensões principais

  • Peso total 52 t
  • Comprimento 10.300 mm
  • Altura acima da cabine 1.850 mm
  • Largura acima da carregadeira 2.800 mm
  • Pressão no solo 0,13 MPa
  • Sistema elétrico 1000 V/50 Hz
  • Motor de corte 200 kW
  • Potência hidráulica do motor 63 kW
  • Motores da carregadeira 2 x 36 kW

Exigência da fonte de energia

  • Transformador a 630 kVA
  • Gerador a 800 kVA

Sistema transportador

  • Correias transportadoras
  • Velocidade da corrente 1,1 m/s
  • Capacidade máx. correias transp. 400 m3/h

Perfil de corte

  • Altura 4.870 mm
  • Largura 7.400 mm
  • Undercut 350 mm
  • Gradientes negociáveis +/- 20 gon
  • Velocidade cabeça de corte 2,3 m/s
  • Velocidade deslocamento 0 – 8,8 m/min

Ferramentas TriSpec

São equipadas com um anel de metal duro colocado um pouco abaixo da ponta para evitar o desgaste e maximizar o uso. Cada ferramenta está disponível com uma pastilha ou ponta de ataque. Ferramentas TriSpec são top de linha para aplicação em condições de grande desgaste.


Ferramentas robustas para trabalho pesado
A equipe de Czarnecki usa mineradores contínuos Sandvik MR340 e Sandvik AM75 para construir galerias pela jazida de carvão para extração futura. É um trabalho duro; cada turno corta cerca de 80 centímetros em um ciclo antes que um arco de aço precise ser erguido para proteção contra desmoronamento. Onde a rocha é muito dura para o minerador contínuo, a equipe usa uma perfuratriz e explosivos, o que limita a quantidade de trabalho manual necessário.

“Temos uma superfície com um monte de rochas duras para ser trabalhada”, conta Pawel Stepowy, operador de minerador contínuo com uma década de experiência em mineração subterrânea. “A rocha está tanto acima como abaixo na seção transversal da escavação. A grande vantagem deste equipamento, além de sua robustez, é a visualização que oferece. Isso realmente ajuda a escavar quando a poeira limita a visibilidade. E depois há as ferramentas de corte resistentes usadas para retirar o arenito.”

Uma das considerações mais importantes na Borynia-Zofiówka-Jastrzębie é a produtividade. A robustez das ferramentas para rochas está diretamente relacionada ao tempo de inatividade, perda de produção e custos trabalhistas mais elevados. As pontas de ataque TriSpec da Sandvik são equipadas com anéis duplos de metal duro, que melhoram substancialmente a resistência ao desgaste, característica essencial em uma mina de carvão.

“Antes da Sandvik ganhar o contrato, cada fornecedor potencial foi convidado a participar de uma série de testes obrigatórios, mesmo antes de as negociações começarem”, lembra Marcin Świst, gerente de Ferramentas para Rochas da Sandvik. “Nossos produtos tiveram um ótimo desempenho, superando os concorrentes em 150%.”

Eficiência ampliada
Janusz Piechoczek, outro operador de minerador contínuo, há oito anos na equipe de desenvolvimento de túneis, sabe o quão importante é ter ferramentas de corte robustas. “Usamos cerca de cinco pontas de ataque Sandvik TriSpec para cada 20 metros de escavação”, diz Piechoczek. “A qualidade delas é excelente, e não se desgastam rapidamente, então são trocadas com menos frequência. Faz todo o projeto ser muito mais rápido.”

Czarnecki também ficou impressionado com o desempenho das pontas de ataque. “As que a mina utilizava anteriormente desgastavam-se muito rapidamente”, diz. “Com as novas Sandvik TriSpec, a eficiência aumentou entre 50% e 80%, e o processo de escavação da rocha ficou mais produtivo. As interrupções para mudança das pontas de ataque são mais curtas e em menor quantidade. Os tambores também são protegidos, e isso é reconfortante para o operador, que não tem que se preocupar com o que está acontecendo à frente e pode se concentrar na escavação.

Parceria confiável
A cooperação entre a Sandvik e a Borynia-Zofiówka-Jastrzębie se estende bem além do fornecimento de ferramentas robustas, e pretende continuar por mais tempo.

“Minha experiência com a Sandvik tem sido muito positiva”, conta Czarnecki. “Cada vez que tenho uma observação sobre qualquer coisa, há sempre uma resposta rápida deles. Definitivamente vemos a parceria continuando.”

Tão logo o difícil trabalho de retirar a rocha esteja concluído, a escavação do carvão coqueificável pode começar. Quando a mina opera a plena capacidade, os elevadores carregam cerca de 15 toneladas para a superfície a cada 30 segundos. Depois disso, ele é processado e preparado para o transporte até a planta de coque, tudo operado pela JSW. É um processo eficiente e dependente da fase de desenvolvimento, que se torna ainda mais produtivo quando as ferramentas são certas e fortes o suficiente para enfrentar a rocha dura no fundo da mina.

Solução Sandvik

Além dos mineradores contínuos Sandvik AM75 e Sandvik MR340, a mina Borynia-Zofiówka-Jastrzębie também opera uma carregadeira da Sandvik. Mas são as pontas de ataque TriSpec que mantêm essa mina em ritmo eficiente. Essas ferramentas melhoraram as operações, aumentando a produção, oferecendo melhor eficiência de custo por tonelada e elevando a economia dos custos de processos e a eficiência energética.

Texto: Jean-Paul Small  Foto: Adam Lach